Terreiro recebe carta com ameaças em SC: 'Iremos destruir tudo e todos'
09/05/2025
(Foto: Reprodução) Casa denunciou intolerância religiosa em Barra Velha. Polícia Civil investiga crimes de ameaça e perturbação de ato relativo a culto religioso. Terreiro denuncia intolerância religiosa com carta de ameaça em SC: 'Iremos destruir tudo'
Arquivo Pessoal/Divulgação
A Polícia Civil investiga uma denúncia de intolerância religiosa contra o terreiro de umbanda Casa de Ogum e Iansa em Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina. O recado foi encontrado colado na parede do local na quarta-feira (7).
A carta com vários erros ortográficos afirma que, se a casa não sair do espaço, os responsáveis pela ameaça irão "destruir tudo e todos". O inquérito apura os crimes de ameaça e perturbação de ato relativo a culto religioso.
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"Vínhamos por meio desta carta aberta convidalos para se retirar de nosso (território cristão) caso contrário iremos destruir tudo e todos. Isso não foi uma ameaça mais não espere uma Espere o ato. Não nos subestime. Foi apenas um aviso" [sic], diz o texto.
Foi Adailton, chamado de Pai Rocha, que encontrou a mensagem escrita por volta das 7h de quarta durante um atendimento no terreiro. Responsável pelo local, ele acionou advogados e registrou um boletim de ocorrência.
"Somos uma casa de amor, humildade e respeito ao próximo. Não aceitamos que nossa espiritualidade e nosso solo sagrado sejam atacados”, escreveu o perfil oficial do terreiro em uma rede social.
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Rocha é dirigente do local e líder religioso há mais de 40 anos, e afirmou que nunca recebeu ameaças no local desde que a casa foi aberta. Após o relato ser divulgado nas redes sociais, outras casas de religiões de matriz africana se solidarizaram com o local.
Apesar do episódio, o local continuará aberto. Conforme o líder religioso, a casa também pediu à Polícia Militar uma ronda com maior frequência, especialmente nos dias em que há eventos no local.
O Ministério Público também foi acionado e informou que vai instaurar procedimento para investigar, além de notificar as autoridades do município, policiais civil e militar e lideranças da religião.
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